CIMAT critica declarações do presidente da AGIF

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A Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT), composta pelos municípios de Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar, vem a público manifestar o seu desagrado pelas declarações proferidas pelo Presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) na audição ocorrida na passada quinta-feira, dia 27 de julho, durante a Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas.

De acordo com a CIMAT, as declarações do Presidente da AGIF, Tiago Oliveira, “ao colocar em causa o financiamento disponibilizado pelos municípios aos corpos de bombeiros, revelam um desconhecimento da realidade local e das responsabilidades atribuídas ao poder local na gestão da floresta e proteção civil”.

“A CIMAT e os seus municípios associados têm um compromisso inabalável com a segurança e proteção das suas comunidades, no domínio da prevenção, combate e apoio às populações nos incêndios rurais.
O poder local é o primeiro a sentir as necessidades e realidades locais, e o financiamento alocado é uma resposta fundamentada às exigências da proteção civil e da floresta, sendo os recursos financeiros destinados aos corpos de bombeiros essenciais para garantir que estes possam responder eficazmente a qualquer emergência que ocorra na região”, referiu a entidade, em comunicado.

“Consideramos necessário sublinhar que os avanços registados na prevenção e combate aos incêndios rurais resultam de um esforço contínuo dos municípios, dos corpos de bombeiros e de outras entidades que trabalham diariamente no território. É importante que as instituições reconheçam e valorizem o trabalho conjunto para alcançar resultados positivos”, continuou.

Em suma, a CIMAT reafirma o seu “total desacordo com as declarações proferidas pelo Presidente da AGIF, e considera que a referida Entidade deveria focar-se na sustentabilidade do Sistema, garantindo a obtenção do financiamento necessário para assegurar a implementação dos projetos dos Programas de âmbito Regional, Sub-Regional e Municipal”.

“Os corpos de bombeiros receberem em função da área ardida”

Foi na comissão parlamentar de Agricultura e Pescas, no dia 27 de julho, que Tiago Oliveira, presidente da AGIF, lançou a declaração polémica que desencadeou a revolta dos bombeiros e um comunicado da Liga dos Bombeiros Portugueses a desmenti-lo no dia seguinte.

“Saiam da discussão do meio aéreo e da discussão do eucalipto”, pediu Oliveira em resposta aos deputados que o questionavam a propósito do relatório de atividades do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais de 2022.

No seguimento deste apelo, o presidente da AGIF frisou que “enquanto se estiver sempre a falar do eucalipto e dos meios aéreos, as questões de base não se resolvem” e questionou o porquê de “os corpos de bombeiros receberem em função da área ardida”.

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