Em causa está a liderança da Assembleia Municipal de Vila Pouca de Aguiar que estará, nos dois primeiros anos, ao cargo do Partido Socialista (PS), e, nos dois anos seguintes, do Movimento Independente Aguiarense (MAI).
Através de um comunicado, o MAI revela que “com total respeito pelos resultados eleitorais para a Assembleia Municipal, em que o MAl e o Partido Socialista tiveram maioria clara”, estas duas forças políticas chegaram a acordo para a liderança repartida durante o quadriénio 2025-2029.
Este movimento independente informa, através do mesmo comunicado, que durante os dois primeiros anos deste mandato a presidência da Assembleia aguiarense será exercida por Maria João Fernandes, do PS, enquanto nos dois últimos será Carlos Leal da Costa, do MAI.
Este acordo reflete, de acordo com o MAI, o compromisso com o “diálogo, a cooperação e a responsabilidade democrática”, e que assegura “estabilidade, participação e representatividade da vontade dos cidadãos, que manifestaram o desejo de evitar maiorias absolutas e de promover soluções negociadas”.
O Movimento Independente Aguiarense vinca ter assumido o “papel de força de equilíbrio, colocando o interesse do concelho acima das lógicas partidárias” e explica que este entendimento com o PS cria condições “para um trabalho centrado nas pessoas, na valorização do território e na melhoria da qualidade de vida em todas as freguesias”.
Maria João Fernandes do PS já havia tomado posse, na primeira sessão da Assembleia Municipal, que decorreu a 27 de outubro, após ter sido eleita com os votos dos deputados do PS e do MAI.
Recorde-se que na sequência das eleições autárquicas de 12 de outubro de 2025, o PPD/PSD assegurou oito mandatos para a Assembleia Municipal com 36,91% (3423) dos votos, assim como o PS com 34,13% (3165), enquanto o MAI garantiu cinco mandatos graças aos 21,79% (2021) dos votos. Chega e PCP-PEV não elegeram qualquer mandato, com 2,99% (277) e 0,84% (78) dos votos, respetivamente.
Diogo Batista
Foto: Carlos Daniel Morais


