Operação de transporte regular de passageiros em Montalegre arranca de forma deficitária

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 É o alerta que deixa a Auto Viação do Tâmega, que aceitou assegurar o transporte público rodoviário de passageiros na Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso até 31 de dezembro. Acordo com base na importância deste serviço para comunidade que serve há quase 80 anos. Profunda preocupação com concessão intensifica-se.

As características do arranque da operação de transporte regular de passageiros em Montalegre, que teve lugar no passado dia 4, são prova da incapacidade reiterada da nova concessionária em dar resposta às especificidades do concurso que ganhou. Ausência de sistema de bilhética a bordo; incumprimento da obrigatoriedade de informar sobre percursos e horários intermédios; ausência de posto de venda e informação ao público; horários disponíveis nos portais digitais da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT) e da Câmara Municipal de Montalegre não conformes com o serviço efetivamente realizado, são algumas evidências recolhidas hoje no terreno pela Auto Viação do Tâmega (AVT), operador do serviço nos últimos 80 anos.

Desde o início do processo de concessão que a AVT é crítica e cética sobre o concurso público internacional, apesar de ter chegado a acordo com a CIMAT para assegurar o transporte público rodoviário de passageiros na região até 31 de dezembro, quando a Flaviamobil não conseguiu arrancar a 03 de outubro, conforme contrato. Ao longo dos últimos dois meses, a AVT esteve atenta e vigilante, acompanhando de perto os desenvolvimentos para fazer ouvir as suas preocupações junto das entidades competentes, nomeadamente a CIMAT.

“Com o rigor, seriedade e transparência com que ao longo de quase oito décadas prestou os seus serviços e pautou a sua atuação para melhor servir a sua comunidade, a AVT procura salvaguardar o interesse público”, afirma Miguel Nogueira, gerente da AVT. Nesta base e nos locais e sedes próprios, temo-nos posicionado e argumentado sobre o deficiente concurso público internacional para a concessão e exploração do serviço público de transporte de passageiros na região lançado pela CIMAT em 2021”, acrescenta.  

“A nossa prioridade número um sempre foi a população que servimos, que dependia dos nossos serviços para as deslocações diárias. Aceitámos o pedido tardio de continuar a assegurar o transporte público de passageiros na região até ao final do ano, garantindo que a comunidade não seria prejudicada neste período de incerteza porque não poderíamos comprometer a confiança que nos foi depositada ao longo das últimas décadas”, resume Miguel Nogueira, gerente da AVT, o acordo com a CIMAT. A nossa dedicação à comunidade é inabalável e continuaremos a trabalhar incansavelmente para a servir”, acrescenta.

Na base do acordo firmado a 03 de outubro esteve o profundo e enraizado conhecimento da AVT sobre a importância vital do transporte público para uma comunidade que serve há quase 80 anos. Na data, a AVT entendeu que o que estava em causa serviços essenciais – que, por definição, não devem ser interrompidos – e foi com essa responsabilidade que se comprometeu a continuar a assegurar o transporte público de passageiros na região até ao final do ano.

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