Strong Spirit Jewellery, de Sonia Rodriguez: marca de joias afetivas que ligam ao mundo equestre 

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Requinte, afetividade e personalização são os adjetivos que melhor descrevem um projeto inovador, made in Vila Pouca de Aguiar, que concilia a joalharia de elevada qualidade à arte equestre e à magia dos equídeos.  

A Strong Spirit Jewellery é uma marca criada por Sonia Alvarez Rodriguez, espanhola, natural de Verín, mas radicada em Vila Pouca de Aguiar, e que está a apostar na criação de joias artesanais personalizadas, direcionadas para o mundo equestre. 

A promotora do projeto contou que a ideia surgiu durante o último Concurso de Saltos Internacional de Pedras Salgadas, realizado em junho passado, enquanto expunha peças de joalharia de outra marca, a SamarArt, num local destinado a produtores locais. 

Sonia Rodriguez pensou em criar joias, à semelhança do que fazia com a SamarArt, mas associadas ao mundo dos cavalos, ou seja, à base de crinas, o pelo da cauda do cavalo, bastante resistente, que pode ser cortado parcialmente sem magoar o cavalo e que se regenera com o tempo. 

“A Strong Spirit Jewellery é uma marca de joias afetivas. São joias feitas à medida de cada cliente com crina de cavalo. Há a vertente principal, que eu quero trabalhar, que é com a crina do cavalo do próprio cliente.  Eu trato a crina, ele escolhe a joia, e personalizamos o artigo em função do gosto do cliente”, sublinhou a empreendedora. 

Produtos já foram apresentados na Feira do Cavalo, na Golegã 

Sonia Rodriguez recorda que há muitas pessoas cujos cavalos morreram há 10, 15 anos e que guardam as crinas, por uma questão afetiva. A ideia já existe noutros países, mas ainda é pouco explorada na Europa. A promotora viu, por isso, potencial neste segmento e já apresentou a ideia na última Feira do Cavalo, na Golegã. “Fiz vários contactos de pessoas ligadas ao mundo equestre. A recetividade foi muito positiva”, contou. 

Como noutra qualquer área de profissional, Sonia Rodriguez não dispensou a formação necessária para começar a criar as peças. “Para iniciar esta arte, tive formação para o tratamento das crinas, porque era fundamental. Na parte da joalharia, já tinha conhecimento, formação e contactos de fornecedores, devido ao projeto que da SamarArt, que mantenho paralelamente”, acrescentou. 

De referir que todas as joias são certificadas pela Contrastaria Portuguesa, para aferir a autenticidade dos produtos. Além disso, “toda a crina, seja nossa ou do cliente, leva um tratamento prévio de desinfeção e hidratação, para aumentar a sua resistência e durabilidade”. 

Enquanto desenvolvia o produto, Sonia apresentou o projeto à quarta edição do Concurso de Ideias “Empreender no Alto Tâmega e Barroso”, promovido pela CIM, com o nome de “Joalharia Artesanal Afetiva”. “Está a ser muito produtivo. Temos possibilidade de desenvolver o nosso plano de negócios e somos acompanhados por um grupo de profissionais que nos ajudam a posicionar a marca, delinear estratégias, etc.”, referiu. 

O próximo passo será criar um atelier e, talvez, uma loja física, possivelmente em Pedras Salgadas, pela ligação ao Centro Hípico das Romanas. 

Filipe Ribeiro

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