Na reunião online da Comissão de Acompanhamento Ambiental do Sistema Electroprodutor do Tâmega, realizada recentemente, o Presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado, e o Presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, defenderam a reposição das ligações entre Monteiros e Veral e entre Capeludos e Sobradelo.
O atraso das obras provocou o atraso da solução destas duas ligações, mas a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tem uma reunião agendada para este mês de julho e a decisão marcada para o final do corrente ano.
Esta é a informação, veiculada pelo Notícias de Aguiar, de 30 de junho de 2020, com a qual os Amigos da Ponte de Arame entre Monteiros e Veral ficam agradados. Congratulam-se, igualmente, com os presidentes das Câmaras Municipais de Vila Pouca de Aguiar e de Boticas por fazerem parte da solução deste problema. Foi um erro terem despertado tarde para esta situação, reconheceram os autarcas, mas ainda vão a tempo de a corrigir.
Os Amigos da Ponte de Arame entre Monteiros e Veral estão confiantes nos seus representantes políticos que, ao longo dos últimos tempos, em contacto com os habitantes das povoações, perceberam as suas prioridades.
Para quem precisa de levar a vida a trabalhar, de ambos os lados do rio, não é a mesma coisa andar aproximadamente três quilómetros, entre a ida e a volta, num percurso pedonal, ou ter de fazer mais de 100 quilómetros, ida e volta, sem transporte próprio ou mesmo público.
No caso de Monteiros e Veral, sem a Ponte de Arame, as duas aldeias “morrem”. A pequena agricultura faz-se deste intercâmbio de trabalhadores que vão e vêm. Em caso de incêndio, o alerta e primeiro socorro destas duas aldeias depende da ajuda de todos.
Os Amigos da Ponte de Arame deixam um forte apelo aos autarcas, seus representantes, à empresa Iberdrola, responsável pela obra das barragens, e ao Eng.º. Pimenta Machado, Vice-Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, que tem seguido de perto todo este processo, para que não ignorem o saber local das povoações, mantendo a passagem que mantém as aldeias vivas.
Afinal, é todo um mundo material e imaterial, uma economia, uma rede de afetos, um valor patrimonial e cultural, e muitas histórias de solidariedade que ligam as duas margens do Tâmega. Foi com muito esforço e suor que as gerações passadas construíram a Ponte de Arame há quase um século.
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) nas suas várias componentes evidenciou tudo isto.
Os Amigos da Ponte de Arame estão confiantes que, na solução deste problema, prevalecerá o bom senso.
Os Amigos da Ponte de Arame