A Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) reuniu, no passado dia 13 de maio, com várias entidades locais de Vila Pouca de Aguiar para preparar a implementação do Projeto-Piltoto do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR) no Alto Tâmega, aprovado em Resolução do Conselho de Ministros a 22 de março.
“O projeto tem o objetivo de testar o funcionamento do SGIFR, nomeadamente no que diz respeito aos recursos e processos do modelo, com especial foco no modelo de governança, na especialização das equipas da Gestão Fogo Rural no terreno e na adaptação das Forças de Proteção Civil ao novo sistema”.
Quem o diz é Manuel Rainha, coordenador da região norte da AGIF, aquando da apresentação do projeto-piloto, no auditório do Palacete Silva, em Vila Pouca de Aguiar.
Nesta reunião, para além do enquadramento do Projeto Piloto do SGIFR do Alto Tâmega, foram apresentados os objetivos e uma proposta de plano de trabalhos no âmbito do referido projeto, que integra uma análise dos pontos fortes e fragilidades do território, a identificação dos projetos críticos a acompanhar de forma mais dedicada (com base nos 97 projetos que constam no Programa Nacional de Ação) e, ainda, os intervenientes e as partes interessadas nos projetos críticos.
A coordenação e a operacionalização da execução dos projetos-piloto cabem à AGIF, que também fornece o apoio administrativo e logístico aos projetos.
“O Alto Tâmega é uma área prioritária do SGIFR”
O Alto Tâmega será uma das três regiões do País – a par do Algarve e Coimbra – que vão ser palcos de projetos-piloto para um novo modelo de gestão dos fogos rurais.
“O Alto Tâmega é uma área prioritária do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais”, disse o coordenador.
Os projetos-piloto incidem “com especial foco” no modelo de governança, através da articulação e tomada de decisão entre as diversas entidades ao nível regional, sub-regional e municipal, na especialização das equipas de gestão integrada de fogos rurais, e na mobilização dos agentes para as melhores práticas de proteção de pessoas, animais e bens.
“Pretendemos dar resposta às fragilidades do sistema e diminuir a exposição ao risco. Este sistema dá resposta às fragilidades anteriormente identificadas e ao conceito de duplo envolvimento (aproximação / prevenção)”, acrescentou.
Manuel Rainha destacou, ainda, a importância da construção colaborativa ao longo do projeto. “É importante envolver os agentes locais”.
Cada um dos projetos-piloto é apoiado por um grupo de trabalho constituído por um elemento da AGIF, forças armadas, GNR, PSP, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), um elemento de cada uma das comunidades intermunicipais e outro de cada município envolvido.
Daniela Parente
Foto: Soraia Duarte