O equipamento foi inaugurado a 19 de fevereiro. O presidente da Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado dedicou este centro a todos os mineiros, em especial aos “Jalotos”, homenagem que os autarcas da Freguesia, Sérgio Favaios, e da Associação Aouro, Manuel Machado, Norberto Pires e António Teixeira, também quiseram prestar à comunidade local que marcou presença neste espaço pela valorização patrimonial e turística das minas de Jales. César Almeida é um dos antigos mineiros que hoje sente orgulho por ver este recomeço, agora na vertente do turismo.
A Casa do Guincho do Poço de Santa Bárbara, que permitia o transporte vertical de mineiros e a comunicação desde a superfície até às galerias das minas de Jales, tem agora o propósito de dar a conhecer as últimas minas de ouro e prata a serem exploradas em Portugal. A Associação de Desenvolvimento Integrado das Terras de Jales foi a promotora da candidatura, apoiada pelo Município, aprovada pelo Turismo de Portugal no âmbito da linha de apoio à valorização turística do Interior. Com a abertura do espaço sociocultural, será cumprido o desejo antigo da população em valorizar este valioso património mineiro, pois resulta da constatação de um quadro de valorização turística regional. A requalificação da Casa do Guincho e a Galeria de Visita envolvem a verba de 597. 931€, sendo comparticipada pelo programa Valorizar. O espaço museológico é constituído por pisos superior, térreo e inferior, sendo este uma réplica de galeria subterrânea com acesso idêntico ao utilizado pelos mineiros.
A mina de ouro de Jales foi explorada desde o tempo dos romanos (século I). A exploração mais recente remonta ao século passado com a exploração do sistema filoniano da Gralheira (1929) e o filão de Campo (1933). A atividade mineira desenvolveu-se ao longo de cerca de cinco quilómetros e atingiu os 630 metros de profundidade. A exploração mineira do estado português terminou em 1992, tendo sido a última exploração de ouro em Portugal.