O Presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, participou, dia 7 de janeiro, por videoconferência, em representação da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega (CIMAT), em mais uma reunião com a Autoridade Regional de Saúde do Norte (ARS Norte), a fim de analisar a evolução da pandemia de Covid-19.
A ARS Norte demonstrou-se muito preocupada relativamente ao elevado aumento de contágios a nível nacional e na região Norte, nomeadamente no Alto Tâmega, crescimento esperado por parte das Autoridades de Saúde tendo em conta o alívio das restrições dadas pelo Governo na época do Natal e da Passagem de Ano, sendo que a atenuação das medidas originou uma maior circulação de pessoas no país e, consequentemente, mais contactos e ajuntamentos, resultado da quadra festiva.
A par do número crescente de novas infeções, que atinge principalmente a faixa etária entre os 20 e 29 anos, também os óbitos registados por Covid-19 tem vindo a manifestar-se uma grande preocupação para a ARS Norte, uma vez que a taxa de positividade, percentagem de casos positivos entre todos os testes realizados, subiu na região Norte, estando próximo dos 20%.
A Autoridade de Saúde divulgou ainda que Vila Real é o distrito do Norte com maior aumento de casos e manifestou a necessidade de se intensificarem as medidas de contenção do vírus, apelando para que sejam ampliadas as limitações, de forma a que seja possível inverter o crescimento do surto pandémico do novo coronavírus.
Por outro lado, o Presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, mostrou-se apreensivo relativamente ao elevado aumento de infeções de Covid-19 no Alto Tâmega e, principalmente, em Boticas.
O autarca reforçou a mensagem de dever cívico e sentido de responsabilidade de todos, apelando “para que se tenham cuidados redobrados, se cumpram as normas emanadas pelas Direção-Geral da Saúde, evitando-se deslocações desnecessárias, permanecendo mais tempo em casa e ainda reduzindo-se ao máximo os contactos e ajuntamentos de pessoas, uma vez que o vírus está disseminado pelo Concelho”.
Os dados que têm vindo a ser divulgados refletem a possibilidade de um novo confinamento e mais limitações, facto que segundo Fernando Queiroga “poderá inviabilizar a realização presencial da Feira Gastronómica do Porco, tendo um grande impacto na economia do Concelho”.