Cláudia Bento, deputada do PSD eleita por Vila Real, critica a exclusão da Linha do Corgo do recém-apresentado Plano Ferroviário Nacional.
Numa pergunta ao ministro das Infraestruturas e Habitação, a deputada do PSD lamenta que a região do Alto Tâmega fique de fora “deste investimento, uma vez que para já a reabertura das antigas linhas de via estreita do Corgo e do Tua se encontra afastada das previsões apresentadas”.
“A Linha do Corgo é uma linha de caminho-de-ferro desativada que unia as localidades de Chaves e Régua. O troço entre Vila Real e Chaves foi encerrado em 1990 e mais recentemente foi encerrada a ligação entre Vila Real e a Régua. Nesta desativada linha ferroviária nasceu a Ecovia Internacional do Tâmega e do Corgo, a qual liga a localidade de Verin (Espanha) até à Régua num total de 99 km atravessando cinco municípios (Chaves, Vila Pouca de Aguiar, Vila Real, Santa Marta de Penaguião, Régua)”, aponta a deputada.
Recorde-se que o Plano Ferroviário Nacional prevê que o comboio chegue a todas as capitais de distrito e às cidades com mais de 20.000 habitantes. “Nessa apresentação em PowerPoint, também é mencionado que um dos objetivos é a construção de uma linha que faça a ligação entre Porto, Vila Real e Bragança”, afirma a deputada.
No entanto, Chaves fica de fora. “Tem havido um forte investimento no desenvolvimento da linha férrea na região da Galiza (Espanha). Vai ser construída uma esta estação de alta velocidade espanhola na localidade de A Gudiña, situada a 30 Km de Verin (Espanha) e a 58 Km de Chaves. No âmbito da Eurocidade Chaves -Verin a chegada da linha férrea a Chaves e a sua possível ligação a A Gudiña poderia constituir um marco revitalizador e dinâmico para esta eurocidade”, refere.
Cláudia Bento destaca que “nos últimos tempos têm escasseado os investimentos em termos de infraestruturas nesta região. Relembra-se a tão aguardada requalificação da estrada EN103 bem como a ligação dos concelhos de Montalegre, Boticas e Valpaços à A24”.
Para a deputada, “o Governo é o primeiro responsável por garantir e promover o desenvolvimento equilibrado do território nacional e a coesão territorial, devendo proporcionar condições de fixação de populações e funcionamento de atividades económicas e sociais, que evitem a desertificação do interior do País e acentuem os desequilíbrios existentes”.
“Há projetos que são prioritários e indispensáveis para esta região e a linha férrea é um deles”, conclui.