A Associação das Mulheres Aguiarenses Empreendedoras, AMAE, irá iniciar um Plano de Capacitação com o apoio do Programa Portugal Inovação Social, POISE, Portugal 2020 e União Europeia (Fundo Social Europeu).
O Plano de Capacitação refere-se ao Estaleiro de Artesanato, uma Iniciativa de Empreendedorismo e Inovação Social (IIES) que tem como intuito promover o artesanato do concelho de Vila Pouca de Aguiar. Aquele plano é composto por cinco objetivos específicos, inerentes a cada uma das fases: promover uma análise económica do modelo de negócio da IEES; estimular uma análise estratégica da IIES; definir um plano de comunicação da IIES; capacitar os recursos humanos da IIES e planear os sistemas de informação da IIES.
De acordo com Ana Rita Dias, Presidente da Direção da AMAE, “o caráter inovador da iniciativa radica nos objetivos que a sustentam, nomeadamente dar resposta a um problema social (desemprego de longa duração em mulheres), de forma diferenciada, com maior impacto social e melhor custo de oportunidade dos recursos utilizados; melhorar as competências organizativas e de gestão da AMAE, necessárias ao desenvolvimento de um Estaleiro de Artesanato, colmatando lacunas e preparando a IIES para atrair e aplicar investimento social; promover a inserção social das mulheres desempregadas de longa duração e vítimas de violência doméstica, mitigando regionalmente este fenómeno; alavancar a criação de valor partilhado, com o apoio do investidor social e promover a avaliação do impacto social, como condição para o investimento.”
Pretende-se, desta forma, “promover a perspetiva de autoeficácia junto das mulheres em geral e também vítimas de violência doméstica. De facto, o artesanato, além de ser constituído por diversas práticas e artes manuais, funciona também como ferramenta de reintegração e motivação para mulheres que deixaram de encontrar inspiração ao longo da vida, pelas diversas situações que encontraram”, adiantou Ana Rita Dias.
O Estaleiro de Artesanato é uma Experiência Piloto que pretende converter-se num modelo de negócio rentável, capaz de gerar postos de trabalho para mulheres em situação de desemprego de longa duração e vítimas de violência doméstica. Outro impacto a ressaltar é a capacidade de iniciativa, de testar e adaptar um modelo de intervenção nas mulheres vítimas de violência doméstica, uma segmentação individualizada e uma intervenção ajustada, dirigida às mesmas.
Por último, referiu Ana Rita Dias, “e ainda no que concerne às evidências de impacto da IIES, destaca-se os seguintes outputs desenvolvidos pelo tutor da IIES, os quais podem ser replicáveis noutras IIES: (1) Orientações metodológicas para uma intervenção em mulheres Vítimas de Violência Doméstica; (2) Guia de recursos para implementar grupos de intervenção com Vítimas de Violência Doméstica; (3) Modelo de orientação personalizada e intervenção individualizada em mulheres Vítimas de Violência Doméstica”.