Está em fase de resolução, durante a manhã de hoje, o incêndio que lavrou desde as 18 horas de segunda-feira em Valoura, no concelho de Vila Pouca de Aguiar.
Depois de sido dominado às 22 horas de ontem, terça-feira, o fogo florestal encontra-se agora numa fase de resolução e rescaldo, com 135 operacionais no terreno, apoiados por 38 viaturas. Prevê-se que, durante a manhã, um meio aéreo dê apoio às operações no local.
O incêndio lavrou durante quase dois dias numa zona de declive acentuado, de solo muito rochoso e de povoamento florestal na serra da Padrela, com pinhal, castanheiros e sobreiros. Trata-se, também, de uma área florestal sem descontinuidade, sem aceiros e sem acessos para veículos.
Durante o combate às chamas, um bombeiro da corporação de Algés sofreu esta terça-feira ferimentos ligeiros na sequência do capotamento de uma viatura pesada que estava mobilizada para o incêndio. A viatura integrava o Grupo de Reforço de Ataque Ampliado de Lisboa. O ferido, assistido no local pela equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação, foi considerado ligeiro pela médica e transportado para o Hospital de Chaves por precaução e para avaliação.
Houve, ainda, outro incidente com uma viatura de uma corporação de bombeiros do distrito, que avariou no terreno e estava a impedir o acesso a uma zona do incêndio.
Incêndio esteve próximo de habituação
Ao início da manhã, o comandante dos Bombeiros de Vila Pouca de Aguiar, Hugo Silva, e o presidente da Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado, fizeram o ponto da situação no local onde está instalado o Centro de Coordenação Operacional Distrital da Proteção Civil de Vila Real.
Segundo o autarca, na segunda-feira, o fogo teve início em três pontos distintos, entre as aldeias de Valoura e Vila do Conde, junto à estrada municipal, e “evoluiu muito na fase inicial”. Ao todo arderam cerca de 50 hectares, numa zona de declive acentuado.
Alberto Machado, que esteve em contacto permanente com o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, agradeceu aos bombeiros voluntários que estiveram no terreno, perto de 200 em permanência, à GNR e à Proteção Civil. Sublinhou, ainda, o apoio “muito importante” do presidente da Junta de Freguesia, Paulo Santos, que “tudo fez para ajudar as forças no terreno”.
Hugo Silva, que está a comandar as operações no local, confirmou que “o incêndio está a evoluir favoravelmente” e que será acionado um meio aéreo para ajudar nas operações de consolidação e rescaldo. “Mal tenhamos possibilidade, vamos colocar aqui um helicóptero para ajudar a refrescar os pontos mais críticos, uma vez que esta é uma zona de muito difícil acesso”, referiu.
O Comandante da corporação de Vila Pouca de Aguiar confirmou, também, que no primeiro dia o fogo estava a evoluir em direção à aldeia de Cubas. “Com uma resposta musculada, em resultado do apoio do Comando Distrital de Proteção Civil, conseguiu-se evitar que o incêndio chegasse às habituações”, declarou.
De referir que no primeiro dia do incêndio estiveram no terreno cerca de 200 operacionais, apoiados por mais de 70 viaturas e 8 meios aéreos.