LIFE Maronesa ajuda criadores de gado a aumentar a produtividade dos lameiros em Vila Pouca de Aguiar

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 O LIFE Maronesa, um projeto-piloto implementado no solar da raça bovina autóctone Maronesa, nos concelhos de Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Mondim de Basto e Vila Real, teve início há dois anos e encontra-se neste momento em velocidade cruzeiro e a implementar os compromissos acordados com as entidades financiadoras. 

Este projeto, comparticipado pela União Europeia, atua em dois espaços distintos na Serra do Alvão. Por um lado, estão a ser dinamizados trabalhos nos lameiros, sendo estes áreas privadas e, por outro, na montanha, em áreas baldias. 

Nas áreas privadas, o LIFE Maronesa propõem-se a aumentar a produtividade dos lameiros, porque o número de cabeças de gado de cada produtor depende, em grande medida, da produção de feno e existem evidencias que nas últimas décadas a produtividade dos lameiros decaiu assinalavelmente. 

Esta perda de produtividade está relacionada com a acidificação do solo, a rotura do ciclo dos nutrientes e a interrupção de uma prática fundamental, que é o pastoreio no início do outono e no final do inverno. 

O LIFE Maronesa forneceu várias toneladas de calcário magnesiano aos produtores de bovinos de raça Maronesa, de forma a reporem a fertilidade da terra dos lameiros e, por essa via, incrementarem a produção de erva e feno. 

Através da aplicação do calcário magnesiano, os criadores vão conseguir repor boas plantas perenes, nomeadamente a erva molar, e aumentar a cobertura de leguminosas. 

Já nas áreas baldias estão a ser dinamizadas várias ações, nomeadamente a distribuição de manjedouras pela montanha, a construção de cercas e de passagens canadianas, assim como ações de fogo controlado e corte de mato. 

Todas estas ações têm como objetivo incrementar a fertilidade da terra e reduzir o risco de fogos de elevada intensidade, que mineralizam a matéria orgânica do solo. 

Os produtores de gado associados ao LIFE Maronesa estão seguros de que as alterações no sistema de produção animal promovidas pelo projeto são autocatalíticas, isto é, vão-se propagar e generalizar após o fim do projeto, porque além de ecologicamente sustentáveis são economicamente vantajosas. 

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