Os tesouros mais ou menos escondidos de Portugal, ou, simplesmente, quase ignorados por muitos portugueses são, afinal, uma das receitas para ultrapassar a crise económica instalada por força da situação pandémica que ensombrou o Mundo no último ano e meio.
À diversidade e beleza natural da maioria das regiões do país, juntam-se atrativos de peso para a promoção do turismo seja de origem nacional ou internacional. Na sua 23.ª edição, o Portugal de Lés-a-Lés juntou ainda mais trunfos para contribuir na dinamização do interior, criando a primeira edição temática da grande maratona mototuristíca, a maior do género em toda a Europa.
Em conjunto com a Associação de Municípios da Rota da estrada Nacional 2 (AMREN2) e com autarquias atravessadas, renovou o desafio da travessia do mapa continental, de Chaves a Faro, utilizando exatamente essa via estruturante, a terceira maior do Mundo em termos de extensão. Mas juntou outros atributos a este passeio motociclístico, a começar pela divulgação das regiões termais.
Na primeira etapa do evento organizado pela Federação de Motociclismo de Portugal, a ligação entre Chaves e S. Pedro do Sul tocou nada menos que cinco locais onde brotam essas nascentes de águas medicinais. Em dia de carvalhais e bosques seculares, das estradas mais recortadas em redor da N2, de aldeias graníticas e vales encantados, a longa e heterogénea caravana atravessou Vidago, Vila do Conde, Pedras Salgadas e Vila Pouca de Aguiar, em direção a Vila Real.
Já no distrito de Viseu, pouco antes da chegada às milenares águas curativas que atraem cerca de 16 mil aquistas por ano, a caravana descansou, por fim, em São Pedro do Sul.